quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Naum: o limite da tolerância divina (Série Profetas Menores na Escola Dominical)


Naum e os outros dois próximos profetas menores, Habacuque e Sofonias, tratam do mesmo tema em suas profecias: o julgamento divino. No caso de Habacuque e Sofonias, as mensagens centralizam-se no julgamento contra a Babilônia, enquanto no caso de Naum a profecia aplica-se à Assíria, cuja capital era a imponente cidade de Nínive.
Cerca de 150 anos antes, Nínive esteve no centro de uma forte demonstração da graça e misericórdia divina, durante o ministério de Jonas. Agora, a corrompida Nínive recebe duras repreensões de Naum, muito embora, tenhamos que levar em conta que mesmo que o assunto do livro seja a destruição da capital assíria, o livro foi escrito para os moradores de Judá, como uma forma de consolo, depois de tantos anos de sofrimento na mão do poderoso império.
 Entre Jonas e Naum muita coisa aconteceu: os assírios tornaram-se um império ainda mais poderesos, subjugaram nação, fortaleceram-se e levaram em cativeiro inclusive Israel, o reino do norte.Agora representavam uma séria ameaça para o remanescente reino do sul, Judá. Assim, o livro também aponta para a justiça divina: embora os ninivitas no passado tivessem cumprido os propósitos divinos quando levaram em cativeiro o reino do norte, sua maldade não ficaria impune.
A princípio o livro gera certo desconforto no leitor, principalmente quando tentamos conciliar a destrutiva mensagem de Naum com a misericórdia divina expressa no livro de Jonas, por exemplo. No entanto, os escritos proféticos indicam que o julgamento divino nada mais é do que a consequência do longo período  de opulência do grande império assírio. Por décadas e décadas os assírios governaram com mão de ferro províncias e reinos que os sustentavam com impostos e trabalhos forçados. Uma das maiores censuras de Naum aos assírios é a seu orgulho, o fato de acreditarem que seu reino subsistiria para sempre.
A queda de Nínive foi atípica: ela não foi esmigalhada de uma vez por um exército inimigo, mas depois de perder seu poderio para o crescente Império Babilônico, perdeu as províncias que lhe sustentavam e garantiam seu status. Sem apoio e solitária, Nínive se esvaiu. Assim, o livro aponta para uma das verdades mais destacadas nas Escrituras, do Antigo ao Novo Testamento: as glórias do mundo e o poderio humano são efêmeros. Não subsistem ao tempo. Os exércitos assírios não são nada quando comparados ao poder de Deus e seu exército.
  Naum nos mostra que a ira de Deus não é irracional: nos versículos 6 e 7 do capítulo 1  há um contraponto entre a severidade e a serenidade de Deus: embora ninguém consiga resisti-lo em sua ira,o Senhor conhece os que lhe pertencem e lhes garante refúgio em tempos de crise, iniquidade e destruição!
Assim, ainda que você seja o império mais poderoso do mundo, não vale a pena confiar em sua própria força, pois os tempos mudam e novas forças surgem. Apenas o poder de Deus permanece: tal mensagem é sempre atual, independentemente do período histórico em que estejamos vivendo.

Nas duas próxima semanas o tema do julgamento divino volta a ser discutido nos livros de Habacuque e Sofonias. Contamos com sua visita!

Abraço e bons estudos!


2 comentários:

  1. Excelente comentário sobre a lição desse domingo. Com certeza é um bom panorama do livro em estudo.

    Abraço!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Muito obrigado pela visita amigo!

      Estamos conectados no http://mariosergiohistoria.blogspot.com.br/!

      Abraço!

      Excluir