Foi lançado em Setembro de 2012 o livro "Evangélicos e periferia urbana em São Paulo e Rio de Janeiro: estudos de sociologia e antropologia urbanas". O livro pode ser adquirido no site da Editora CRV (clicando aqui)
Organizado pelo Prof. Dr. Paulo Barrera do programa de pós-graduação em Ciências da Religião da Universidade Metodista de São Paulo e com textos de Norbert Foerster, Wania Mesquita (UFNF), Marcos Ribeiro, Claudio Noronha, Haller Schünemann, Vlademir Ramos, Williani Carvalho, Edemir Antunes e com prefácio do Prof. Enzo Pace (Univ. de Padova), o livro é fruto dos trabalhos do Grupo de Pesquisas Religião e Periferia na America Latina Univ. Metodista / Fapesp)
O sexto capítulo é um texto de minha autoria onde falo sobre as igrejas pentecostais no bairro paulistano de Perus.
Eis a sinopse do livro no site da Editora:
A reflexão acadêmica sobre a presença de igrejas evangélicas pentecostais no meio urbano remonta a já clássica obra de Cândido Procópio Camargo nos anos 1970. O pentecostalismo funcionaria para ele como uma referência simbólico/social para populações que, fruto do êxodo rural, aportavam à cidade em situação de anomia e desenraizamento.
De lá para cá, com o adensamento populacional nas grandes metrópoles brasileiras, formaram-se imensas faixas de periferia ao redor destes centros urbanos, geralmente carentes dos serviços básicos de infraestrutura. Estudos demográficos como o Atlas de filiação religiosa e indicadores sociais no Brasil de César Romero Jacob e equipe revelam que nesses espaços urbanos periféricos concentra-se um alto percentual de adeptos do pentecostalismo.
É sobre este fenômeno que muito oportunamente o livro Evangélicos e periferia urbana em São Paulo e Rio de Janeiro. Ensaios de antropologia e sociologia urbanas vem se debruçar. Evitando soluções fáceis, como a associação “naturalizada” entre pentecostalismo e pobreza, escudado em pesquisas de campo, entrevistas nas áreas periféricas e favelas do Rio e de São Paulo, revela toda uma complexidade de articulações entre a condição de morador de periferia e a pertença/preferência pentecostal. A escolha pentecostal aparece nas páginas deste livro em sua diversidade de alternativas, ora como instrumento de organização e contestação, ora como conformismo e utilitarismo.
Por fim, um livro produzido na interface entre uma sociologia/antropologia da religião com uma sociologia/antropologia urbana, onde ambas iluminam-se mutuamente, tendo como resultado uma análise densa desta realidade candente do Brasil contemporâneo.
Parabéns pela participação nessa obra que muito contribuirá para os estudiosos do movimento pentecostal. Vou com certeza querer um exemplar.
ResponderExcluirAbraço!